bebê engasgado

Bebê engasgado: como saber e o que fazer!

Ver um bebê engasgado certamente é um medo de muitas mães e pais. E pior do que a situação em si, é não saber como agir. Portanto, é importante entender sobre o assunto para manter a calma e socorrer o pequeno adequadamente.

Quer saber mais? Então continue a leitura para entender quais são os sinais de engasgo no bebê, como é a manobra para resolver isso, entre outras dicas!

O que pode causar engasgos no bebê?

Os bebês descobrem o mundo de diversas formas, e uma delas é pela boca. Eles pegam tudo que veem e colocam na boca, por isso, é fundamental evitar que itens pequenos fiquem por perto.

Colocar algo inadequado na boca pode ser uma das causas do bebê engasgado, contudo, outras situações geram o engasgo, como consumo de alimentos que provoquem um risco maior, a exemplo de carnes com ossos e alimentos lisos e arredondados.

A amamentação também pode deixar o bebê engasgado, o risco costuma ser maior em caso de recém-nascidos prematuros que têm o sistema respiratório mais imaturo e encontram dificuldades para mamar e respirar ao mesmo tempo.

Qual a diferença entre engasgo e reflexo de GAG?

Como o início da introdução alimentar, o bebê pode apresentar alguns sinais que parecem engasgo, mas, na verdade, são reflexo de GAG.

O reflexo de GAG assusta, mas ele é uma proteção natural do bebê para evitar o engasgo. Ele é representado por uma ânsia ao colocar um alimento na boca, o bebê pode tossir e expelir a comida ou continuar mastigando e conseguir engolir o item normalmente.

No episódio de GAG não há interrupção na passagem de ar, como acontece no engasgo, por isso, ele não é perigoso.

Sinais de engasgo no bebê

O bebê engasgado demonstra sinais claros do problema. E ele pode acontecer parcialmente, quando ainda passa um pouco de ar pelas vias respiratórias, ou com bloqueio total, que é ainda mais preocupante. É fundamental ficar atento aos sinais para agir corretamente.

  • choro e agitação;
  • tosse, ânsia de vômito ou chiado no peito;
  • respiração rápida;
  • esforço para respirar ou sons incomuns;
  • ausência de tosse e choro, no caso do engasgo total;
  • lábio roxo e corpo mole pela falta de ar.

O que fazer se o bebê engasgar?

Por mais que seja desesperador ver um bebê engasgado, é preciso manter a calma para conseguir ajudá-lo. E um dos principais passos para isso é conhecer a manobra de desengasgo.

Manobra para desengasgo

A manobra é a principal forma de resolver o engasgo. Os procedimentos são diferentes para bebês e crianças acima de 1 ou 2 anos. Para desengasgar bebês:

  • coloque o bebê de bruços em seu antebraço, mantendo a cabeça dele mais baixa do que o tórax;
  • com o punho de sua mão, bata cinco vezes no meio das costas do bebê;
  • vire o neném de barriga para cima, mantendo a cabeça mais baixa do que o corpo;
  • se o item não foi expelido na primeira etapa, faça cinco compressões rápidas no meio do tórax.

Se ficar com dúvida, confira este vídeo da pediatra Dra. Ana Escobar, mostrando como realizar a manobra.

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Em crianças maiores deve ser feito uma manobra de compressão abdominal, seguindo os passos:

  • coloque a criança em pé e fique de joelhos atrás dela;
  • envolva a criança com os seus braços, como se estivesse abraçando;
  • apoie uma de suas mãos na altura do estômago da criança, deixe essa mão fechada e apoie a outra mão aberta sobre ela;
  • pressione a barriga da criança para dentro e para cima com força moderada para expelir o item que está causando o engasgo.

Acione a emergência

Caso a manobra para desengasgo não funcione, ligue para o serviço de emergência (192 SAMU ou 193 do Corpo de Bombeiros) e solicite ajuda o mais rápido possível. Enquanto aguarda a chegada da equipe, repita a manobra.

Como evitar que o bebê fique engasgado

Algumas situações são inesperadas e impossíveis de controlar, contudo, há algumas ações que podem minimizar os riscos do bebê ficar engasgado. Veja, a seguir, algumas dicas!

Cuidados com a amamentação

Quando a criança está com muita fome, pode mamar mais do que consegue e engasgar, por isso, a dica é oferecer um pouco do seio apenas para acalmá-la, dar um pequeno intervalo e depois retornar o bebê para continuar a amamentação com mais calma. Após a amamentação, deixe o bebê na posição vertical de 15 a 20 minutos.

Ao oferecer o leite na mamadeira, a dica é não deixar o bebê completamente deitado e sim com o tronco mais elevado, inclinar a mamadeira e colocar o pequeno para arrotar, ou deixá-lo 20 minutos na posição em pé.

Dê atenção ao ambiente que o bebê brinca

É importante evitar que peças pequenas fiquem perto do bebê. Avalie os brinquedos para analisar se não tem nenhum item ou peça solta que apresente riscos e siga as recomendações de faixa etária ao disponibilizar os brinquedos para o pequeno.

Inicie a introdução alimentar na idade certa

Antecipar a introdução alimentar pode aumentar o risco de engasgo. A Sociedade Brasileira de Pediatria, em seu portal “Pediatria para Famílias“, recomenda que a introdução de alimentos aconteça após os 6 meses e diante dos sinais de prontidão, que são: o bebê já consegue ficar sentado ou com pouco apoio; sustenta a cabeça; demonstra interesse pelos alimentos; não têm reflexo de esticar a língua para mamar, o que faria ele empurrar o alimento da colher.

Prepare os alimentos de forma adequada

É fundamental preparar os alimentos na textura e com cortes corretos para prevenir o risco de engasgo. Evite oferecer verduras e legumes crus e duros — o cozimento dos alimentos reduz a chance de engasgos — se for oferecer um item mais duro, como cenoura, ele deve ser cortado em palito.

Alimentos lisos e arredondados, como uvas e tomate-cereja, devem sempre ser cortados ao meio (no sentido do comprimento) ou em 4 partes. Item mais compridos, como macarrão, também devem ser cortados.

Balas duras, chicletes e outras guloseimas que podem ser engolidas direto devem ser evitadas, mesmo em crianças maiores. Alimentos duros que exigem maior mastigação, como pipoca, nozes, amendoim e outras castanhas precisam de atenção e devem ser oferecidos após os 3 ou 4 anos.

Essas são as principais dicas para lidar com bebê engasgado. Conhecer sobre o assunto pode prevenir a situação, além disso, saber a manobra para desengasgo será imprescindível para auxiliar o bebê ou criança em caso de imprevistos. Esperamos que este post ajude nisso!

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