Perda gestacional: Quais são as principais causas?

Lidar com uma perda gestacional não é uma situação nada fácil. Ver o sonho e a expectativa pela chegada do bebê ir embora de um dia para o outro é algo bastante delicado e os pais precisam de muito apoio nesse momento.

A estimativa é de que o aborto espontâneo aconteça entre 10 a 15% das gestações conhecidas, além disso, pode ocorrer a perda do bebê antes de a gravidez ter sido percebida.

Se você está planejando a chegada do futuro integrante da família, conhecer as principais causas de perda gestacional e saber se é possível evitá-las pode ajudar a reduzir os riscos. Por isso, preparamos este post com algumas informações importantes. Continue a leitura e saiba mais!

Quais são as principais causas da perda gestacional?

A gravidez é marcada por diversas inseguranças e uma delas é sobre a perda do bebê. É normal que as mães e pais tenham um certo receio sobre isso, especialmente durante o primeiro trimestre, quando a perda gestacional é mais comum.

Dados do Manual MSD mostram que entre 10% e 15% das gestações reconhecidas terminam com um aborto espontâneo — 85% desses casos ocorrem durante as primeiras 12 semanas de gravidez e 15% ocorrem entre 13 e 20 semanas.

A perda gestacional pode acontecer por diversas situações, indo de alterações cromossômicas e genéticas a doenças pré-existentes e comportamentos de risco. Veja mais sobre cada um desses itens, a seguir.

Genética

Um dos principais motivos da perda gestacional é quando há mutações cromossômicas ou genéticas no embrião que impedirão o seu desenvolvimento. Nesses casos, o organismo interrompe o processo com o aborto espontâneo.

Alterações no útero

Alterações no útero podem dificultar a gravidez e também gerar perda gestacional. A endometriose e a síndrome dos ovários policísticos, por exemplo, são algumas das principais causas de infertilidade feminina. Já mioma e problemas no colo de útero, que faz com que o órgão dilate antes da hora, podem ser fatores para um parto prematuro ou para um aborto espontâneo.

Doenças

Algumas doenças pré-existentes podem ser fatores de risco para a perda gestacional se estiverem graves, tais como diabete, hipertensão e doenças da tireoide. Por isso, é fundamental controlar as doenças corretamente e fazer acompanhamento médico.

Outro motivo para o aborto espontâneo é a trombofilia, que está relacionada com a coagulação do sangue e formação de trombos na placenta ou no bebê, que fazem com que ocorra a perda dele.

A trombofilia pode aparecer em qualquer momento da vida, incluindo gravidez, parto e pós-parto. Geralmente, ela é assintomática, o que dificulta o diagnóstico. Contudo, se a mulher já teve histórico de trombose na família, teve abortos espontâneos antes e casos de pré-eclâmpsia ou mutações de sangue em parentes de primeiro grau, é recomendado uma investigação mais profunda sobre a doença.

Infecções

Infecções como sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e clamídia durante a gravidez podem ocasionar a interrupção súbita dela, ou prejudicar o desenvolvimento do bebê no útero. Por isso, é necessário ter alguns cuidados, evitar comportamentos de risco e realizar o pré-natal corretamente para identificar essas infecções de forma precoce e tratá-las.

Comportamentos de risco

Tabagismo, uso de drogas e álcool são fatores para a perda gestacional. Se não interferir no andamento da gravidez, o uso dessas substâncias pode aumentar o risco de parto prematuro, crescimento inadequado com baixo peso do bebê, entre outras situações.

Quais são os sinais de perda gestacional?

O início da gestação é marcado por mudanças hormonais e corporais e pode ser normal um leve sangramento vaginal nas primeiras semanas. Contudo, se houver cólicas fortes ou um sangramento mais intenso, isso pode ser sinal de perda gestacional e é preciso procurar um médico.

O caso será avaliado por exame clínico pélvico e ultrassonografia para investigar se aconteceu o aborto espontâneo, se o bebê está bem ou se há alguma complicação no colo do útero. Exame de sangue também pode ser solicitado. Sendo assim, se suspeitar que algo está diferente, procure um médico.

É possível evitar um aborto espontâneo?

Algumas situações de aborto, como alterações genéticas do feto, não podem ser evitadas, mas há outros casos em que é possível reduzir os riscos. Para isso, é fundamental que a mulher tenha acompanhamento médico e realize o pré-natal corretamente.

Consulta pré-concepcional

A recomendação para quem já passou por outros abortos espontâneos é fazer uma consulta antes de tentar engravidar novamente para investigar possíveis anomalias genéticas, alterações no útero ou doenças pré-existentes para tratá-las e reduzir os riscos de perda gestacional.

A consulta pré-concepcional também é válida para quem está planejando a gravidez. Assim a pessoa poderá investigar doenças de risco, como hipertensão, diabete e distúrbios da tireoide e controlá-las antes da concepção.

Pré-natal

O pré-natal é imprescindível para acompanhar o desenvolvimento da gestação e detectar patologias na mãe ou no bebê de forma precoce para adotar as melhores condutas e reduzir complicações para os dois.

Em gestações de baixo risco, normalmente, as consultas são mensais e há um aumento na frequência no 9º mês. Durante as consultas são feitas avaliações clínicas e encaminhamento para realização de exames, vacinas e ultrassonografia.

Hábitos saudáveis

Manter hábitos saudáveis pode minimizar os riscos de aborto espontâneo. É fundamental evitar o uso de drogas, álcool e cigarro. Além disso, manter uma alimentação equilibrada e rotina de exercícios pode deixar o corpo mais saudável e mais fortalecido para lidar com a gestação e o parto.

Como lidar com a perda do bebê na gravidez?

Quando acontece a perda gestacional, a família, em especial a mãe, fica bastante abalada. É essencial dar atenção a essa situação e procurar apoio adequado.

Muitas pessoas não falam sobre o aborto e evitam viver o luto. Contudo, é preciso passar por esse processo para lidar com a dor do bebê perdido. A pessoa deve se permitir ficar triste e depois buscar ajuda médica, se necessário.

Fazer um ritual de despedida para o bebê, como uma carta, buscar um grupo de ajuda com mães e pais que já passaram por isso e apoio psicológico são atitudes que podem ser positivas para lidar com o luto.

A perda gestacional é uma situação delicada e pode ocorrer com qualquer pessoa. É importante dar atenção ao tema para entender as principais causas, formas de evitá-la e saber como lidar com isso.

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